É sabão

sábado, 12 de dezembro de 2009

O tempo passou.

Confesso que esse tema me assusta um pouco, o tempo. O tempo que passa o tempo todo, que muitas vezes eu não penso muito nele em si. Os riscos que já vivi, sem pensar nele. Quantas pessoas revi depois de anos, todas mudadas, maiores, mais inteligentes ou mais idiotas. Pessoas que passaram por um furacão, o tempo. E mesmo com o tempo, o próprio inapropriado tempo, que nunca pará, ele nos condena, nos atinge. Os sonhos que tivemos quando criança e que já na fase adulta não lembramos mais, das promessas e dos desejos. Eu quero me lembrar, quero parar o tempo neste segundo. Quero poder ser assim para sempre, assim, tão eu mesma e tão confusa, tão menina. Queria poder espantar o futuro para longe, o futuro que eu espero tanto, hoje eu quero que ele desapareça. Saia de mim. Sai de perto. Vai para longe. Mesmo com todo esse desejo de parar o tempo me pego olhando para o relógio, mais uma vez tenho horários. Que horas são mesmo?

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