É sabão

terça-feira, 31 de agosto de 2010

sei lá o quê.

Há passarinhos na minha janela.
Há passarinhos, eu sei que tem.
Há passarinhos escondidos na minha janela,
e um dia eu vou conseguir ver.
Há passarinhos azuis na minha janela,
por mais que eu nunca tive a oportunidade de ver.
Há passarinhos azuis que cantam pra mim,
todas as manhãs, confesso que é meio difícil de compreender.
Mas tem que acreditar em mim quando digo que
há passarinhos em minha janela e que este,
é o único modo de me entender.

domingo, 4 de abril de 2010

Um pedaço da torta.

Como se o mundo já não fosse um buraco fundo demais, as pessoas fazem questão de cavar mais fundo. Encravar a pá suja, cerrada pelo ridiculo. O mundo, com o sorriso de um palhaço, triste, deprimente. É tudo tão errado, errado demais. Curtido demais, socializado em desfarces. As faces sorridentes de quem acha que não tem nada haver com a miséria que é esse todo, fujam meus amigos. É só isso que lhes cabem. Fujam para longe, enterrem-se a beiras fantasiosas, curtam as tuas hipocresias. O mundo tem fome, o mundo é sacana. Não, não digo que todos são livres de acusações, pois tem muita mente indisposta a se redimir. Mas depois de tudo isso, de quem é a culpa? A culpa por ser tão culpado? A culpa por estar acostumado à humilhação que é isso tudo. Me digam. Quem foi que ensinou as crianças a segurarem armas? Quem foi que surtou as situações? A piração vem bem antes, antes de tudo. Algo que acabou errado, se direcionou a ser algo errado e desproporcional. Mas não, não há o que ser dito, a culpa é daqueles delinquentes, drogados nas beiras do faróis, culpa de quem não se preocupa em ser o culpado. Culpado. Então me força a sorrir e aceitar isso tudo? Não. Pode não ser a minha situação, mas faz parte da minha realidade. Faz parte da minha vista, da minha cabeça e do conceito. Sei que não tenho muito mérito para se dizer uma certeza. Mas tenho o coração e a cabeça que me seguem, me atormenta. Que se acabe esse mundo sujo.

sábado, 6 de março de 2010

Afinal qual é mesmo o final?

Por um momentos paramos um instante e pensamos naquilo que somos ou queremos ser, por um breve momento cogitamos algumas oportunidades de mudanças, recusamos mudar algumas opiniões e até mesmo nos sintonizamos com as novas maneiras de viver no meio de tudo aquilo que nós cabe, até mesmo aquilo que não importa muito mas que por alguns minutos faz toda a diferença no requezito "vida".
Até mesmo o amor, que por si é algo tão abstrato quando olhar para o céu e imaginar o que vai além. As imagens que nos vem não importam muito a direção que elas apontam, ou até mesmo se apontam uma certeza, nunca se tem a certeza do que ter certeza.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Vamos todos

Andei pensando, de que me vale a tal palavra assim dita, na boca suja cuja não tem o menor interesse de estar ali? De que me vale esse suspiro, assim tão doce se no final eu não irei mais utiliza-lo. Não me cabe ou não vem a minima idéia conjunta dessas frases cabiveis pelas minhas mãos. Aliás de que vale me transformar nessas palavras se o sentido ainda continua dentro de mim? Afinal vale mesmo a pena estar aqui, neste momento lhes dizendo pedacinhos da minha alma? Na primeira visão não faz muito sentido, não faz sentido para mim, muito menos a ti. Mas quando olho para o lado e vejo o Sol nascendo a cada dia eu de alguma forma entendo por que continuo com essa minha persistência. Somos todos contaminados por essa onde de exagero, o que motiva nós poetas a doar um pouco da alma turvada. Vamos todos, somos todos. Somos cada um de um jeitinho diferente, cada um com o seu pensamento, isso que me torna única, isso que te torna único. Somos todos seres do mesmo material, mas geramos todos uma forma diferente de utilizar ele. Então fecho um três palavras, três porque me traz sorte, três por que eu gosto do número três. Três porque é ímpar. Três porque eu sinto que tem de ser. Sim, vale a pena. É um jeito de eternizar meus pensamentos, descarregar meus sobregarregados pensamentos. Vale a pena, por que quem dedica a minha história sou eu e dela eu faço fruto daquilo que eu quero. Porque com isso, eu sei que eu sou eu mesma. Eu sei que estou aqui, neste exato momento. Eu existo e fico feliz por tal coisa.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Falso alarme

Tem horas que eu não sei mais quem eu sou em si. Tem horas que eu me perco total nesse vazio que me apossa. Tem vezes que eu fico escura, bloqueada. Como se nada conseguisse me fazer sorrir. Tem vezes que eu choro tanto que dói a minha cabeça, mas eu gosto de chorar, parece que eu fico mais leve com as lagrimas fora dos meus olhos. Tem horas que eu não me conheço, eu não me entendo. Tem horas que eu não quero ser achada, nunca mais. Então eu choro, choro por não conseguir colocar isso que eu sinto para fora, não consigo me libertar desse sentimento down. Eu não posso causar mal nenhum, a não ser a mim mesma. Tem horas que eu me vejo jogada na frente de um carro, parece resolver muito mais rápido essa minha situação. Tem vezes que eu preciso chorar e não sai nem sequer uma lagrima de conforto. Eu to tão cansada, tão esgotada. Eu queria um colo, queria alguém pra me dizer que vai ficar tudo bem, que eu ainda sou tão pequenininha, que eu ainda caibo num abraço. Odeio crescer, odeio tanto. Por favor, seu relógio, para um minuto, dá uma pausa. Eu não consigo mais sorrir.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A menina acorda assustada, um grito no vazio

Se um dia te perguntarem de que tribo você veio, repita comigo
Longe eu vim de longe, um lugar chamado vida que tomava conta de mim
Se um dia te perguntarem de onde você veio, repita comigo
Longe, eu vim de longe em um lugar que se chamava vida, tomavam conta de mim

Somos um mistura de queridinhos (tenho vergonha de ser assim)
Vamos, vamos, me surpreenda
Andando de lado ela tenta se encontrar, já não sabe mais em que rua entrar
As unhas rachadas e o cabelo mal cuidado, ela já não sabe mais quem é

Se um dia te perguntarem de que tribo você veio, repita comigo
Longe eu vim de longe, um lugar chamado vida que tomava conta de mim
Se um dia te perguntarem de onde você veio, repita comigo
Longe, eu vim de longe em um lugar que se chamava vida, tomavam conta de mim

Ela pisca para estranhos, se enterra na sua fumaça, sem controle ela se esforça para ser
Com a falta de sorrisos, seus sonhos foram arrancados de sua boca.
Ela ainda era uma criança, uma criança, se formando.

Eu sinto falta dela, eu juro que sinto
De quando ela sentava na minha calçada e cantava musicas alegres,
Ela não tinha medo de dizer o que estava dentro, dentro dela.

Mas então ela veio para cá, perdeu o seu lugar chamado vida.
No escuro ela ainda canta, eu juro que canta.
Posso ouvi-la, são doces, doces palavras,
As vezes dá para ouvi-la chorar.

Se um dia te perguntarem de que tribo você veio, repita comigo
Longe eu vim de longe, um lugar chamado vida que tomava conta de mim
Se um dia te perguntarem de onde você veio, repita comigo
Longe, eu vim de longe em um lugar que se chamava vida, tomavam conta de mim

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

flauta doce.

Chapéu de palha na beira da estrada, uma viola enfeitada com acordes desafinados, fazendo desfeito o sorriso do próximo, amolecendo aquilo que não existe ou seja imaginário. Mas acreditamos em tudo que vimos? Ou será apenas uma mera impressão de que tudo aquilo não era ilusão e sim uma certeza que se desfez ao longo do dia, falando baixinho nas pontas dos pés. Corre menino disse o patrão, empurrando para trás aquele momento que se misturou ao tempo. Será mesmo, que o gosto do tal beijo se fez perfeito no infinito do caos? Não sei não senhor, meu trabalho é confeitado, inapropriado para aqueles que sofrem de organização. Fechando os olhos, eu descanso, eu debruço e agora eu ouço a canção.

Uma homegaem aos tempos posteriores.