É sabão

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Não ser ninguém exceto, você mesmo num mundo que se esforça dia e noite pαra torná-lo igual a todo mundo.

Tenso, mas é verdade, participamos de vínculos insaciáveis de pessoas igualzinhas as outras, pois é assim, eu me sinto assim, quando recebo aqueles caderninhos do governo, estou me sentindo assim. Quando respeito uns professores de merda que não me incentivam a ser alguém na vida, eu me sinto assim. E quando tenho que prestar leis incabiveis, eu me sinto assim. Sei lá minha gente, somos um mundo padronizado, onde cada dia haverão mais de nós.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Um turbilhão.

Mais um ano se passou mais 365 no meu historio de vida, mais 12 meses de evolução, mais muitas horas de paciência, o que lhe custam milhões de minutos gastos no dia-a-dia cotidiano do cidadão. Esse ano passou que nem um furacão, arrastou-me de uma certa forma que não posso negar que foi muito importante para quem eu me tornei hoje em dia, não que eu saiba muito bem quem eu sou, afinal, ainda faço parte dessa eterna busca sobre meu conhecimento, mas de certa forma esse ano foi como um imenso livro de aprendizado, passei por diversas situações e posso lhes dizer que foi algo muito valioso na minha memória futura, esse ano é um ano de histórias para meus netos, foi o ano que eu me senti mais verdadeiramente completa, foi o ano que a música se apoderou muito de mim, foi o ano que eu me perdi mais, foi o momento de foco no que eu queria e no que eu quero. Posso dizer que esse ano, passou rápido demais para a quantidade de acontecimentos marcados por esses tais dias,  esse ano meu dragão ficou mais presente junto com o provocador que lhe acompanha. Esse foi um ano importante na família, pois me aproximei bem mais dos meus pais, foi um ano importante na escola, aprendi que uma hora o bicho pega e temos que sentar e estudar para passar de ano. Aprendi a correr atrás do que eu quero e que certas muitas vezes eu não vou ter. Aprendi o quanto é bom ganhar dinheiro. Aprendi como é bom andar de abóbora, ou simplesmente ir ao maracatu, que me completou de uma forma significativa. Esse ano eu entendi mais dessa hipocrisia que me cerca. Foi o ano que eu tirei minha carteira de trabalho, foi o ano que tirei meu CPF, juntei a maior quantia de dinheiro que já tive em mãos, escrevi muito mais coisas e aprendia ficar mais calma e menos ansiosa com as coisas à minha volta. Entendi o como é importante aqueles momentos do dia-a-dia e como aquilo me faz um bem. Aprendi como é bonito pra cacete o céu às 6 da manhã. Esse ano eu comecei a gostar mais de gastar dinheiro. Esse ano eu fiz muita merda desnecessária, admito. Esse ano me mostrou a responsabilidade sobre meus atos e como uma coisa à toa pode-me foder de uma maneira incomparável. Esse ano por fim me mostrou como o teatro é importante na minha vida e por fim, me mostrou e me ensinou a ser mais completa. Que venha mais um ano e que seja tão bom quanto esse, que foi tão belo neste requisito de navegador.
Eu juro, que dias melhores virão.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

April come she will,
When streams are ripe and swell with rain.
May she will stay,
Resting in my arms again.

June she'll change her tune,
In restless walks she'll prowl the night.
July she will fly,
And give no warning to her flight.

August die she must,
The autumn winds blow chilly and cold.
September I'll remember,
A love once new has now grown old.



Uma homenagem à 

Simon & Garfunkel

domingo, 13 de dezembro de 2009

Um momento qualquer.

A noite silencia os meus sentimentos, meu canto se torna mais grave. Eu não sinto muito meus pés, ouvindo uma boa música, cantarolando segredos. Sigilosamente eu me tranco em um ciclo, daí eu me perco. Quando sei o que fazer. Sair com os pés descalços sobre a poeira que foi esquecida pelo tempo. A tranqüilidade do pequeno desespero que se faz dentro de mim. Percebemos que aquilo que concordamos já é uma idéia contraditória daquilo que acreditávamos, montamos nossas conseqüências por peças de madeira. Sendo assim, nos condena, condena algo que nem existe. Não tenho medo do meu medo e sim daquilo que ele pode me causar, das conseqüências de saber o resultado final, um portfólio em rascunho, um projeto viajante. Assim como os marinheiros anseiam pelo mar. Agora é meia noite, estou me perdendo cada vez mais, daí eu me acho. Posso dizer as coisas certas, aquilo que as pessoas querem ouvir, enxergar um novo dia nascendo, a certeza de que cada dia é um dia e mesmo assim tendo algo concreto que nós podemos sempre contar. Meu pé de milho, meu conceito variado. Hoje eu me enlouqueço, apenas para me provocar. É o meu dragão, viver a vida criando mistério, se fazendo amolecido o concretizado.

momento mauricio pereira.

Eu sou alguém que gosta de ver o Sol nascer nas madrugadas de quinta, a musica é minha companheira quando acordo e o silencio na noite é o meu perdão. As vezes sou espectadora da minha própria vida, com conflitos e desejos imperfeitos. Descrevo bem a confusão e o que está claro já é da vida seu próprio fato consumado. Me apago na luz, ilumino um sentimento quando está de noite. Sou alguém que se apaixonou pelas cores, mas prefere a poesia do branco e preto. Um sorriso amarelo ao roda pé da lembrança.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Gingando, vingando.
Coincidência interna.
Sorriso amarelo.
Abraço apertado.


                                                                                       Floreia.  

O tempo passou.

Confesso que esse tema me assusta um pouco, o tempo. O tempo que passa o tempo todo, que muitas vezes eu não penso muito nele em si. Os riscos que já vivi, sem pensar nele. Quantas pessoas revi depois de anos, todas mudadas, maiores, mais inteligentes ou mais idiotas. Pessoas que passaram por um furacão, o tempo. E mesmo com o tempo, o próprio inapropriado tempo, que nunca pará, ele nos condena, nos atinge. Os sonhos que tivemos quando criança e que já na fase adulta não lembramos mais, das promessas e dos desejos. Eu quero me lembrar, quero parar o tempo neste segundo. Quero poder ser assim para sempre, assim, tão eu mesma e tão confusa, tão menina. Queria poder espantar o futuro para longe, o futuro que eu espero tanto, hoje eu quero que ele desapareça. Saia de mim. Sai de perto. Vai para longe. Mesmo com todo esse desejo de parar o tempo me pego olhando para o relógio, mais uma vez tenho horários. Que horas são mesmo?

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Pitu.



Caju.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Escuro do quarto.

Feliz ou infelizmente, seja lá como for, a mudança das coisas não depende muito de mim. O andamento do sistema, o sistema nervoso. as respostas eventuais. As caraminholas, os cachos do meu cabelo. O odor. As noticias submissas deste momento tão sóbrio. Se deixar levar pela subjetividade. o silêncio. Aa canções pesadas, levantando a cabeça dos espectadores. Idéias sem o poder de mover o decorrer das coisas, eu me sinto meio perdida, em um mundo onde todos são capazes de se machucar aja tanta maquína e sonhos de concreto. Difícil dizer o que eu e como eu me sinto, irônia esse lance de tempo, tempo, pra que ter tempo? Para que se submeter ao tempo? Sei lá, seja lá o que eu estou dizendo, é preciso se dizer, olhar para a cidade, ficar quieta um pouco. Aproveitar esse desespero de conhecimento, do ócio, da vontade de acreditar nas certezas. E como tudo é tão diferente. Acho que temos mesmo que caminhas um pouco à sós. Olhar o vazio, o nada, entender como é aquilo. Meu dragão é essa incompetencia de entender como eu sou, mesmo sabendo que nunca vou entender, fico brava por não me entender, fico brava por ter vontade de acabar com esse mistério fabuloso que se forma dentro de mim. Não é preciso ter uma sequência. Sentir os cheiros, dar importancia aos sentidos. Não ter certeza do que se deseja, também é uma forma de ter força para buscar o que se quer, eu sei, tá tudo muito confuso, mas isso é mais um dialéto comigo mesmo, não quero que ninguém entenda, escrevo para descarregar, escorregar. Não ter pressa, não prensar essa situação. Já pensou como tudo tem uma forma engraçada? Como é bom viver neste momento? Ter certeza da incerteza. São noticias velhas de um jornal reciclado, movimentos circulares, fazer se sentir, sentir o que? Sei lá, admito que não faço a miníma idéia. Admito que tem momentos que tenho medo de escuro depois dele parecer tão interessante.  Tenho medo do comportamento humano, sendo assim não temendo o inacreditável, sim tornando o aceitável em irreal. Quem nunca quis ser princesa? E que princesa nunca quis se tornar uma pessoa comum? Colocar a culpa em outro por algo que você que acreditou. Como quando estamos tristes e em segundos vemos tudo mudar, mudança de estado, demolir. Seja como for. 
Não leia isso. 

Abana o rabo para esse olhar de cadela velha.

Queria poder voar, para de cima ver as pessoas feito formiga. Que me livrem do feito heróico, pois acho muita caretice esse lance egocêntrico de querer salvar o mundo sozinho ou ficar tranqüilo que alguém o salvará por você. Não peço que me entendam, pois na maioria das vezes eu não os entenderei. Gosto do agito, da galera, do movimento. Gosto de ficar sozinha refresca a responsabilidade que sempre cobram por si mesmas. Escrevo para me manter viva, gosto da sensação de ver as palavras se formando e gosto de saber que eu que fui a locutora sobre estas palavras. Gosto de lugares abertos eles mostram mais a amplitude do planeta. Não gosto muito de falar o que eu sinto, acho isso muito pessoal, muito meu. Sempre fui muito de escrever e desenhar em tudo, literalmente. Gosto de olhar todos os dias para meu armário todo rabiscado por frases dos grandes mestres ou minhas mesmo, gosto da sensação de sempre ter algo novo para propor. Gosto do romantismo, mas gosto muito da sensação de não ter muito a responsabilidade de um relacionamento, isso me deixa tranqüila. Adoro ouvir música popular brasileira, sempre gostei mais. É bom dar valor as riquezas culturais que nos restaram, é bom ouvir coisas que eram muito bem escritas e bem produzidas. Sempre tive um pezinho puxado na roda do povo, sempre estive mais no coletivo, no calor humano, é assim que eu sobrevivo, com meus amigos. Esse lance de empatia para mim, acho que não ta com nada, a melhor maneira de desarmar o canhão é com um largo sorriso mesmo, fico firme nessa opinião. O mundo para mim ta todo errado, mas quem é quem pra dizer o que é o certo e o que é o errado? Se as pessoas acham que a evolução é criar máquinas novas, deixem-nas. Eu to feliz em evoluir no conhecimento e nos meus sonhos. A desordem predomina minha vida, isso pode ser visto como uma coisa muito ruim por algumas pessoas, tipo a minha mãe. Gosto de me perder, dá o ar que eu poderia ir aonde eu quisesse. Religiosa, bem todo mundo tem suas crenças e quem sou eu para duvidar, para mim Deus é uma coisa muito mal contada, acho que esse lance da fé que é o ponto alfa, as pessoas não reconhecem que o poder de superar aquilo vem da vontade delas mesmas, por fim colocam a “culpa” em Deus.  A democracia é o ponto crucial da vida, estou com ela até o final. Sempre achei muito errado esse lance de proibição e tal, quer dizer depende. Não dá para largar uma arma na mão de uma criança e mandar matar um cara, para mim isso ta super errado e pessoas que concordam com a violência merecem o mesmo final. Esse lance de originalidade é uma coisa meio astrológica, ta no aquariano ser assim e junto com o ascendente leão, puta, fodeu. Sei total que a maioria das pessoas não vai ler o meu pequeno texto, geralmente hoje em dia elas têm preguiça de tentar entender alguma coisa, mas isso já não tem haver com elas em si e sim a massa que envolve ela a ser assim, para mim é total culpa do governo. Acho legais os vários tipos de português falado, gosto da boa pronuncia, mas isso não impede de que eu fale algumas gírias, confesso que acho um dito meio rude e inapropriado costume. Por fim gosto do gostinho de fim de tarde, das artes próprias ditas na vida, da esperança que nunca me abandona e da vontade de ser feliz.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Não chore mais.

Chegam em nossas vidas que nem turbulações.
Secam nossas esperanças e te desanimam mais,
amigos indo embora, sumindo assim...
As recordações, indo embora assim.
Será que o melhor é deixar para trás?

Não.
Não chore mais, não, não chore mais.

Algumas horas vamos nos sentir tristes,
isso vai ser normal, oh, esperar o nosso momento.
Temos que ser fortes para aguentar esse
limite de expressão, sim temos que ser, seremos.
Nem sempre tudo vai dar certo.
Será que o melhor seria desistir?

Não.
Não chore mais, não, não chore mais.

Sentados na grama, vendo o por-do-Sol.
Em volta olhamos e observamos tudo ficar cinza.
Será que o mundo ainda tem solução?
Eu ainda me lembro, quando nossa liberdade
nos fazia acreditar, acreditar que ainda há,
ainda há pelo o que lutar.

Não, não.
Não chore mais, não chore, não.

Se por acaso a tempestade te tirar a visão,
acredite que vai conseguir...

tudo, tudo vai dar pé.
tudo, tudo, tudo vai dar pé.

Sim, ainda há pelo o que lutar,
sim, nós vamos conseguir parar de chorar.


Uma música refeita em cima de uma obra de Gilberto Gil.